Criptoativos
Bitcoin vs Ethereum: Conheça as principais diferenças entre elas!
23/09/2021
5 minutos 45 segundos de leitura
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23/09/2021
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Bitcoin e Ethereum são as duas maiores criptomoedas, porém pequenas diferenças na tecnologia tornam seu uso completamente diferente.
É verdade que ambas utilizam o banco de dados blockchain, a mineração utilizando um algoritmo criptográfico, e funcionam sem uma empresa ou governo por trás. No entanto, as similaridades param por aí.
Abaixo vamos explorar se Bitcoin ou Ethereum vale mais a pena, qual possui maior potencial, se estão baratas, e suas diferenças, na prática.
Se você ainda não está familiarizado com as moedas digitais, recomendamos este outro artigo: “O que é criptomoeda”, onde explicamos as diferenças para o dinheiro tradicional, e para que servem.
O Bitcoin é a primeira e mais antiga criptomoeda, criada no início de 2009. Sua estrutura foi projetada para ser simples e extremamente funcional.
A moeda digital foi criada para permitir transações, incluindo o pagamento por bens e serviços, sem possibilidade de censura.
Utiliza uma versão simples do banco de dados distribuído blockchain, que armazena o mínimo de informações possível.
Em suma, o Bitcoin pretende manter sua camada-base solidificada, ou seja, evitar mudanças nas regras e limites de emissão, garantindo que upgrades sejam retro-compatíveis.
Confira no vídeo abaixo o que torna o Bitcoin tão especial, e para que serve.
O blockchain do Bitcoin é peculiar, pois não armazena os saldos de cada usuário. Só o que fica registrado são as movimentações de cada endereço, uma espécie de “linha” no banco de dados.
Desse modo, quando um usuário consulta o saldo em sua carteira digital (wallet), o sistema irá vasculhar todo o registro histórico de movimentações.
Essa ausência de flexibilidade foi pensada para evitar possíveis surpresas negativas. Ao mesmo tempo, o alto intervalo entre os blocos deixa claro que o objetivo não é confirmar transações em poucos segundos, e sim garantir que todos usuários estão acompanhando o mesmo bloco.
O Bitcoin é seguro, e seu histórico de 12 anos de funcionamento sem intercorrências prova como é eficaz a tecnologia de seu banco de dados, em conjunto com chaves criptografadas.
Ambas as criptomoedas possuem as mesmas funcionalidades básicas de divisibilidade, transferência, segurança, e independência. Todas as movimentações e saldos dos endereços são públicos e auditáveis.
A rede Ethereum é capaz de executar programas de forma automática, desenvolvidos na linguagem computacional própria, Solidity. Isso porque o objetivo do Ethereum é ser uma plataforma para executar de forma automática aplicações sem um coordenador central.
É fato que o projeto busca inovação, mesmo que abra mão da descentralização em alguns pontos.
Confira abaixo como vai funcionar a atualização do Ethereum.
O blockchain do Ethereum é considerado uma versão mais moderna, pois armazena diversos dados, além do saldo de cada endereço.
Parte das moedas ETH já foi enviada para a nova rede 2.0, mas futuramente ambas vão ser interligadas.
Não há necessariamente um melhor ou pior nessas questões, pois os objetivos de cada uma das redes são completamente diferentes.
Ambos são criptomoedas e utilizam o banco de dados distribuído, blockchain. São redes que atuam sem um coordenador central, com software de código-fonte aberto.
Acima temos a imagem de Vitalik Buterin, o russo-canadense criador da Ethereum. Em oposição, o criador do Bitcoin é anônimo, utilizando o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.
Embora existam diferenças na forma como os dados são armazenados, na prática, o resultado é o mesmo: as transações, após confirmação dos mineradores, são irreversíveis, e somente o dono de cada endereço consegue movimentá-las.
Desse modo, o Ethereum pretende ser uma estrutura computacional para aplicações descentralizadas de terceira geração, incluindo Web 3.0. Enquanto isso, o Bitcoin é uma criptomoeda com uma rede extremamente segura e confiável para registro de transações.
Para aumentar a capacidade de processamento de dados, a Ethereum 2.0 optou por abandonar a mineração, e migrar para a Prova de Participação, ou Proof of Stake (PoS).
Neste modelo, são exigidos depósitos dos validadores, que ficam de garantia para assegurar sua honestidade. Com isso, a nova rede busca adotar 64 camadas adicionais de informação, processadas em paralelo.
Não existe um consenso entre qual a melhor solução para aumentar a capacidade de processamento do blockchain. Enquanto algumas redes buscam aumentar o tamanho do bloco, outras seguem o Ethereum com canais paralelos (sharding).
Já o Bitcoin dá mais importância para a descentralização, por isso aposta na segunda camada funcionando de forma independente, com seu próprio mecanismo de consenso.
Não é possível fazer previsões de longo prazo para o Ethereum, pois a criptomoeda está enfrentando um longo e denso período de transição para a versão 2.0.
Se a atualização for bem sucedida, aumentando consideravelmente a capacidade de processamento da rede, Ethereum certamente pode facilmente ultrapassar 1 trilhão de dólares de capitalização de mercado.
Enquanto isso, o sucesso do Bitcoin não depende de grandes revoluções, apenas pequenas melhorias incrementais. O fato de El Salvador ter adotado o Bitcoin como moeda oficial do país, ao lado do dólar, mostra seu potencial de crescimento.
Enfim, as propostas são muito diferentes, e ambas encontram-se em estágio inicial de adoção, portanto o potencial de ambas é enorme.
Veja neste outro artigo se Ethereum pode desbancar o Bitcoin, onde explicamos em mais detalhes o potencial desta rede de smart contracts.